sexta-feira, 8 de agosto de 2008

SMITH DESTACA ENERGIA EÓLICA COMO A MAIS SUSTENTÁVEL OPÇÃO ENERGÉTICA PARA O NORDESTE

O Banco do Nordeste como agente financiador das energias limpas no Brasil. Este foi o tema da palestra apresentada, no último dia 04, pelo presidente do BNB Roberto Smith, na 2ª edição do Fórum Nordeste, que este ano abordou os Desafios e oportunidades nos setores de biocombustíveis e energias limpas. A idéia era compartilhar inovações, tecnologias, perspectivas e desafios no segmento que se revela determinante nas agendas do meio ambiente e da competitividade econômica no mundo. Em sua apresentação, Smith falou sobre o cenário macroeconômico, com as perspectivas do mercado financeiro e o grau de aderência do crescimento regional ao crescimento brasileiro, apresentou números da atuação do BNB de um modo geral e no segmento específico, detalhou o tema da segurança energética e concluiu apresentando vantagens da energia eólica para a região Nordeste.
De acordo com Smith, esse tipo de energia apresenta-se como a melhor e a mais sustentável opção energética para o Nordeste, tendo em vista a quantidade de seu vasto potencial de ventos e rápida implantação de turbinas, que dura em média 18 meses. Para se ter uma idéia, a construção de uma hidrelétrica requer algo em torno de cinco anos. O presidente explicou ainda que o potencial hídrico vem se esgotando, a energia solar ainda depende de um programa incentivado para se viabilizar economicamente e a biomassa ainda não alcançou a escala necessária ao atendimento das necessidades da região.
“O Nordeste é, hoje, a expansão da economia do país. Além de contar com reservas privilegiadas de ventos, a região pode se constituir em plataforma de exportação para as empresas de equipamentos aqui instaladas, dada sua maior proximidade com os mercados compradores externos e o desenvolvimento de estruturas logísticas de exportação nos complexos portuários de Suape e Pecém”, declarou Smith. A participação do Banco do Nordeste no evento como patrocinador – e também como palestrante – revela sua preocupação com o meio ambiente e, especificamente, com o apoio a iniciativas que busquem alternativas de energias limpas. Ao todo, o Banco já liberou R$ 2,8 bilhões para financiamento às energias alternativas, com recursos do FNE e FNDE, o que representa uma participação de 45% do mercado. Esses investimentos representam 706,73 MW de capacidade instalada, incluindo pequenas centrais hidrelétricas, energia eólica e biomassa.
“A palestra do presidente do Banco do Nordeste foi uma das melhores que eu já vi sobre o assunto. Smith está de parabéns”, elogiou o presidente da companhia pernambucana Eólica Tecnologia, Everaldo Feitosa. Ainda participaram do encontro o coordenador geral da Representação Regional do Ministério da Ciência e Tecnologia no Nordeste, Ivon Fittipaldi, que discorreu sobre o tema Redes de Conhecimento no Agronegócio; o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Fernando Coelho, com a palestra A economia de Pernambuco a partir das transformações estruturais de Suape; o presidente da Datagro, Plínio Nastari, que falou sobre Etanol: Realmente é a energia do futuro?; o presidente da Fundação Atlântico de Seguridade Social, que ministrou palestra sobre o Investment Grade; e o Vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, Rodolfo Tavares, que apresentou o NR 31 no contexto das relações de trabalho.
“O tema do encontro está na pauta do mundo, hoje, devido ao aquecimento global e a escassez de fontes de energia alternativa. O Brasil é um país que está investindo muito em pesquisas nessa área e Pernambuco está muito envolvido nisso. Só para se ter idéia, o Centro Brasileiro de Energia Eólica fica aqui no Estado”, declarou o governador Eduardo Campos. Segundo a organização do evento, cerca de 450 pessoas estiveram no evento, entre líderes empresariais, políticos e acadêmicos, além da imprensa pernambucana.
O Fórum Nordeste 2008 foi realizado pelo Grupo EQM e contou com o patrocínio do Banco do Nordeste e do Governo do Estado de Pernambuco. “Temos a convicção que um evento desta grandeza contribui estruturalmente para o desenvolvimento do Nordeste, despertando em seus players relevantes transformações globais que envolvem a consolidação do setor”, destacou o presidente do Grupo EQM, Eduardo Monteiro.

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